Orientações psicológicas na intenção de diminuir o estresse

Siga a sua rotina diária dentro de casa, pois será ela que te levará a
ter calma.

Procure se alimentar da mesma maneira como antes e nos mesmos horários.

Mantenha suas atividades educacionais ou trabalhistas.

Faça suas refeições como antes e procure seguir os mesmos horários.

Não fique parada (o), procure se movimentar de qualquer maneira.

Olhe pela sua janela durante algum tempo e respire e não esqueça de
chamar as crianças ou os mais velhos para olharem e observarem a natureza
ou as ruas da sua janela.

Beba água e de preferência, mantenha uma garrafa por perto.

Entre sempre nas redes sociais e procure se comunicar, não fique sozinha(o).

Leia livros ou que você desejar, assista filmes e mantenha WhatsApp
atualizado.

Tome banho, escove seus cabelos, faça barba e vista roupas leves ou da
sua preferência.

Faça o mesmo com as crianças, mantenha a rotina diária com atividades
escolares ou lúdicas no período do horário escolar .

A atividade física para criança é fundamental para sair da situação de
estresse.

As redes sociais são importantes porque fazem sentido mantendo a pessoa
próxima do grupo escolar, dos amigos, do trabalho e do entretenimento.

Sono, higiene e alimentação devem seguir a rotina da criança.

O adolescente deve seguir a rotina escolar e não precisa ser completa,
apenas executar um pouco das atividades escolares, como também atividades
motoras.

Um dia de cada vez.

***

O autor de este artigo é  Izaura Vale, Psicóloga Perita, Doutorando em Psicologia, membro da equipe do site THERAPION.COM

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Psicoterapia Individual por Videoconferência

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O artigo visa a elaboração conceitual de uma psicoterapia individual, realizada por videoconferência e baseado nos princípios da psicanálise, que tem como objetivo atender pessoas que se comunicam na língua portuguesa.

Primeiro eu vou abordar o motivo que me moveu para realizar uma Psicoterapia Individual por Videoconferência (PIV). Este meu estudo, visa a elaboração conceitual de uma psicoterapia individual, realizada por videoconferência e baseado nos princípios da psicanálise, que tem como objetivo atender pessoas que se comunicam na língua portuguesa.

psicologia na qual eu atuo, se utiliza do modelo psicanalítico, que ocorre através do atendimento individual por videoconferência. Percebi que a psicologia bem como a psicanálise, vêm procurando alternativas para dar respostas de maneira eficiente aos novos tempos cibernéticos, atendendo assim, a real necessidade das pessoas que procuram uma psicoterapia por videoconferência no idioma português.

A Psicoterapia Individual por Videoconferência, tem semelhança com o atendimento presencial, talvez por estar relacionada entre(psicólogo e paciente), “face a face”, numa banda larga onde seja possível a visualização e comunicação entre ambos. Acredito que seja fundamental este trabalho, porque ele procura desenvolver na era de Cyberterapia ou Siteterapia, uma ajuda para aquela pessoa que tem como idioma, o Português e que reside no País ou no exterior. Assim, a pessoa transmite as suas emoções no seu próprio idioma (português).

A pergunta é: Pode existir transferência por videoconferência? Então, partindo dessa questão, foi que eu elaborei um texto sobre a transferência, na qual eu vou expor.

Partindo do princípio que a transferência segundo Freud (Conferências Introdutórias XXVII), se dava nos afetos do paciente para com seu terapeuta dentro do enquadre analítico, podendo ser ele positivo (quando esses afetos vinham de forma amigável) e negativo (quando os mesmos vinham de forma agressiva).

Para Freud, a transferência positiva era o sinal de que a análise estava começando, ou seja, havia uma confiança por parte do analisando ao seu analista e que o processo terapêutico estava em andamento, pois o analisando depositava confiança e que poderia, conforme o acordo inicial de que deveria dizer tudo que lhe viesse a mente. Isso era possível, porque a figura do analista vinha como de alguém que tinha um conhecimento técnico e uma capacidade de entendimento além do analisando e que com isso poderia ouvir e interpretar todo o material oferecido dentro da análise como relatos de memórias passadas (infância), interpretação dos sonhos e atos falhos no decorrer de cada sessão.

Porém, ainda dentro da transferência positiva, havia um problema com relação aos afetos primitivos do analisando, que estavam relacionados as figuras materna e paterna que era o, amor. Amor esse, que era transferido ao analista de forma a desejá-lo muitas vezes em âmbito sexual.

Para Freud, esse era o momento ideal de se utilizar dessa ferramenta para trazer ao consciente do paciente os seus sentimentos mais profundos, porém isso demandava um grande esforço e cuidados com esses elementos, pois para o paciente, aquilo que ele sentia e estava ocorrendo na sessão, se tratava de amor e paixão pelo seu analista. Freud, sabia lhe dar muito bem com esses impulsos e calmamente, tentava explicar as suas pacientes que, aquilo se tratava de uma transferência de afetos, e que eram oriundos de acontecimentos passados na infância.  E com isso dava-se inicio as primeiras interpretações psicanalíticas à paciente.

Em geral quase toda análise se inicia com uma transferência positiva, que não necessariamente, culmine em declarações de amor como ocorriam com as histéricas de Freud, na maioria das vezes elas se fazem apenas no ato de confiança e cumprimento do acordo inicial entre analisando/analista, e que com o decorrer das sessões vão se aprofundando. Freud diz:

“…Devo começar por esclarecer que uma transferência está presente no paciente desde o começo do tratamento e, por algum tempo, é o mais poderoso móvel de seu progresso. Dela não vemos indício algum, e com ela não temos por que nos preocupar enquanto age a favor do trabalho conjunto da análise…”
Já no que se refere a transferência negativa, suas observações nos revelam que esse tipo de transferência surge através das resistências e negações nas interpretações do analista dos elementos apresentados pelo analisando. Freud diz:

“…Se, porém, se transforma em resistência, devemos voltar-lhe nossa atenção e reconhecemos que ela modifica sua relação para com o tratamento sob duas condições diferentes e contrárias: primeira, se na forma de inclinação amorosa ela se torna tão intensa e revela sinais de sua origem em uma necessidade sexual de modo tão claro, que inevitavelmente provoca uma oposição interna a ela mesma; e, segundo, se consiste em impulsos hostis em vez de afetuosos…”

Esses sentimentos hostis que surgem com a transferência negativa, podem favorecer a análise para interpretações de material recalcado e que muita das vezes são a queixa principal do analisando quando esse chega ao consultório em busca de solução para seus sintomas. Porém em alguns analisados, como os acometidos de neurose narcísica e alguns tipos de psicose, a transferência negativa pode ser sinal de fim da análise, pois para esse grupo algumas interpretações podem ser entendidas como uma forma de agressão por parte do analista e que devemos estar atentos quando isso acontecer e evitar o fim da análise de forma precoce.

As abordagens nesses casos devem ser feitas em concordância com esse grupo que não possui uma capacidade de entendimento, pois muita das vezes não conseguem aceitar a causa de seus sintomas. Freud diz:

“…Os sentimentos hostis revelam-se, via de regra, mais tarde do que os sentimentos afetuosos, e se ocultam atrás destes; sua presença simultânea apresenta um bom quadro da ambivalência emocional [pág. 426-8] dominante na maioria de nossas relações íntimas com outras pessoas. Os sentimentos hostis indicam, tal qual os afetuosos, haver um vínculo afetivo, da mesma forma como o desafio, tanto como a obediência, significa dependência, embora tendo à sua frente um sinal ‘menos’ em lugar de ‘mais’. Não podemos ter dúvidas de que os sentimentos hostis para com o médico merecem ser chamados de ‘transferência’, pois a situação, no tratamento, com muita razão não proporciona qualquer fundamento para sua origem; essa inevitável visão da transferência negativa nos assegura, portanto, que não estivemos equivocados em nosso julgamento acerca da transferência positiva ou afetuosa…”

Conclusão:

Freud diz:  “…Esse novo fato que, portanto, admitimos com tanta relutância, conhecemos como transferência. Com isso queremos dizer uma transferência de sentimentos à pessoa do médico, de vez que não acreditamos poder a situação no tratamento justificar o desenvolvimento de tais sentimentos. Pelo contrário, suspeitamos que toda a presteza com que esses sentimentos se manifestam deriva de alguma outro lugar, que eles já estavam preparados no paciente e, com a oportunidade ensejada pelo tratamento analítico, são transferidos para a pessoa do médico. A transferência pode aparecer como uma apaixonada exigência de amor, ou sob formas mais moderadas; em lugar de um desejo de ser amada, um jovem pode deixar emergir um desejo, em relação a um homem, idoso, de ser recebida como filha predileta; o desejo libidinal pode estar atenuado num propósito de amizade inseparável, mas idealmente não-sensual. Algumas mulheres conseguem sublimar a transferência e moldá-la até que atinja essa espécie de viabilidade; outras hão de expressá-la em sua forma crua, original e, no geral, impossível. Mas, no fundo, é sempre a mesma, e jamais permite que haja equívoco quanto à sua origem na mesma fonte…”

A transferência, é condição principal para o bom desenvolvimento de uma análise, ela deve começar de forma positiva com o respeito e o cumprimento do acordo inicial e no decorrer da análise se apresentar de forma negativa, com o não cumprimento do acordo inicial, negações, atrasos nas sessões e pagamento das mesmas, como forma de trazer a tona os verdadeiros afetos que levaram o analisando ao enquadre analítico trazendo assim elementos necessários para a interpretação e por final terminar na forma de transferência positiva para que se possa elaborar todos aqueles afetos que não permitiam o seu desenvolvimento psíquico e pessoal. Finalizo assim com a concepção analítica de Melanie Klein com relação a transferência, que diz:

“ Sabemos que um dos principais fatores do trabalho analítico é manejar a transferência com rigor e objetividade, de acordo com os fatos, da maneira que nosso conhecimento analítico nos ensinou ser a mais correta. A solução total da transferência é encarada com um dos sinais de que a análise foi concluída de forma satisfatória. Com base nesse princípio, a psicanálise estabeleceu uma série de regras importantes que se mostram necessárias em todos os casos…”.

Conclusão final

Com relação a transferência no atendimento através da videoconferência, o meu estudo busca um entendimento que será possível ocorrer a transferência à partir da primeira sessão. Que Freud chamou de transferência positiva , e que se inicia quando o paciente em busca de atendimento faz um contrato com seu terapeuta no qual acorda, dia, hora e forma de pagamento e a afirmação de que irá transmitir todas as suas questões e história de vida para que se possa chegar ao final do tratamento com todas as elaborações possíveis dentro do set terapêutico. A quebra das condições do contrato inicial, bem como os ataques ao terapeuta que possam vir a ocorrer em função das questões psíquicas, seriam entendidas como uma transferência negativa possibilitando assim a ocorrência de uma terapia realizada dentro dos mesmos moldes da uma terapia presencial, já que utilizando a videoconferência estariam ambos (terapeuta/paciente) face a face e com os mesmos afetos, defesas, negações que ocorrem dentro de uma terapia presencial.

Bibliografia:

Freud S. “ Conferências Introdutórias Parte III” – Vol. XVI – IMAGO 1996.

Klein M. “ Amor Culpa e Reparação” – Simpósio sobre a análise de uma criança – IMAGO – 1996

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O autor de este artigo é  Izaura Vale, Psicóloga Perita, Doutorando em Psicologia, membro da equipe do site

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Sobreviver ao stress debaixo de um turbilhão através da análise SWOT

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Para conseguir recuperar o equilíbrio mental é necessário compreender o nosso estado: porque sentimos este turbilhão de emoções? Porque ficamos deprimidos? O que penso quando tenho estes sentimentos?

Então desafio-o a fazer uma análise de resistência ao stress, verificando quais as forças, as fraquezas, oportunidades e ameaças perante uma determinada situação (mais ameaçadora).

Convido-o a fazer uma avaliação segundo a analise SWOT S(Fortes); W(Fraqueza); O (Oportunidades) T (Ameaças).

1 – escreva as suas forças, as coisas em que é bom e os outros reconhecem isso em si;

2 – listas as fraquezas: as coisas que sabe que não é forte, as que os outros a/o criticam

3 – pense nas oportunidades que tem disponíveis: perante as suas forças e as suas fraquezas pense nas oportunidades práticas que se abririam se tivesse de tirar vantagem dessas oportunidades para melhorar o seu controle de stress.

4 – Quando pensar nas suas ameaças, pense nas ameaças, pense nas consequências de deixar as suas fraquezas desprotegidas e nos danos para as suas relações, carreira e felicidade que daí resultariam. Use esta conclusão do lado mau para se assegurar que levará a sério o controlo do stress

Muitas pessoas ficam com stress prolongado, porque não conseguem reconhecer as fontes na rede de apoio a que podem recorrer para as ajudar a lidar com o stress. E muito poucas pessoas o conseguem fazer sozinhas. Saber reconhecer as situações em que deve pedir ajuda é uma parte importante do controle do stress.

Procure apoio de um profissional de saúde Mental antes de chegar ao esgotamento.

O autor de este artigo é Sónia Moura Sequeira, Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta membro da equipe do site

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Musicoterapia no Trabalho

A musicoterapia no trabalho é uma prática pioneira, inovadora e aponta uma nova tendência nas organizações que integra de forma geral a dinâmica empresarial e a música. Promove principalmente a comunicação e a saúde integral. “É a aplicação da música para produzir uma condição de bem-estar no colaborador que também é pessoa”.

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A musicoterapia no trabalho é uma prática pioneira, inovadora e aponta uma nova tendência nas organizações que integra de forma geral a dinâmica empresarial e a música. Promove principalmente a comunicação e a saúde integral. “É a aplicação da música para produzir uma condição de bem-estar no colaborador que também é pessoa”.

A musicoterapia integra a escuta nas organizações, a cultura musical, a arte e a saúde no trabalho. Tem o foco tanto na escuta externa do ambiente de trabalho quanto na escuta interna, favorecendo a comunicação intra e interpessoal, a promoção da saúde integral enquanto potencia a produtividade.

A comunicação envolve as relações consigo e com o outro enfatizando os elementos não verbais, que implicam nas informações trazidas pelo corpo, pelos gestos, pela voz, pelos sentidos, pela cultura, etc; e na comunicação verbal, que é a linguagem falada. Tecnicamente estimular a escuta, os movimentos e os sentidos favorecem a comunicação verbal e a não verbal, que por sua vez traz a excelência nos atendimentos aos clientes, desenvolvimento de vendas, desenvolvimento de competências de gestão, liderança e qualidade dos serviços,

O Musicoterapeuta em contexto de trabalho poderá intervir, itilizando técnicas activas ou receptivas.

A musicoterapia receptiva (escuta musical e sonora) é utilizada com diversas estratégias, tais como: música ambiente, previamente selecionada e comandos sonoros e musicais visando direcionar a escuta para aspectos relevantes da música (timbre, intensidades, ritmo, alturas melódicas, etc), com isso estimular aspectos cognitivos como concentração, atenção e memória além de promover o relaxamento e a redução das tensões.

E ainda o musicoterapeuta atua diretamente em grupos utilizando o silêncio, a percepção de sonoridades, musicalidades e a expressão vocal-sonora-musical e corporal, ampliando as funções do ouvir e do escutar no trabalho, fazendo paralelos dessas experiências com situações no trabalho.

A musicoterapia ativa representa o fazer musical que proporciona um alívio das tensões conscientes e inconscientes através da eliminação dos conteúdos internos, experimentando possibilidades de se relacionar consigo mesmo, com o trabalho e com o outro. A música promove a liberação de substâncias químicas que trazem sensações de prazer, aumentando assim a imunidade, a saúde física e a sensação de prazer, além de trazer espontaneidade, integração, desinibição e um melhor relacionamento com cliente, melhorando a produtividade e a motivação das equipas.

A musicoterapia empresarial está relacionada com três principais fatores: ciência, arte e relação.

Enquanto ciência visa intervenções objetivas e resultados práticos como a música ambiente e a performance realizada com os devidos critérios do musicoterapeuta, que incluem reconhecimento da empresa, avaliação e auto-avaliação, consultas, diagnóstico, intervenções, auditorias formações. Busca resultados que favoreçam a auto-reflexão e a liderança participativa, o aumento do rendimento, a redução do stress e do absenteísmo; visa incentivar a auto-estima e integração e, consequentemente, desenvolve novas habilidades e estratégias no trabalho, conseguindo uma melhor gestão do tempo.

A musicoterapia enquanto arte no trabalho promove um senso estético e sensível, traz bem-estar e criatividade para lidar com situações do quotidiano com mais eficiência e habilidade. Utiliza elementos da música como timbres, ritmo interno e externo, melodias e alturas, harmonia, instrumentos musicais, voz e movimentos corporais. Traz elementos de percepção auditiva e musical como base para a gestão e administração melhor do tempo.

A musicoterapia empresarial com ênfase nas relações traz elementos integradores da música como a cultura musical, a comunicação verbal e não-verbal. Já que a música é uma linguagem universal tem as bases integradoras entre colaboradores, fornecedores e clientes, maximizando resultados e o desenvolvimento humano.

O objectivo principal das formações e intervenções de musicoterapia empresarial é a comunicação e a saúde e sempre devem ser realizados por um musicoterapeuta formado e habilitado, que pensa nas relações entre música, ser humano e empresa.

O autor de este artigo é Sónia Moura Sequeira, Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta membro da equipe do site

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Dúvida e Medo, como lidar com eles?

Dúvida e Medo como sentimentos importantes na tomada de decisão do dia a dia, planejamento de metas e crença na pontencialidades do ser humano, a importância de olhar para situações adversas e buscar alternativas de enfrentamento. 

A dúvida faz parte da vida, aquele que não sente dúvida talvez precise aprender uma grande lição, não somente a dúvida mais o medo também, ter tais sentimentos é normal, faz parte. Saber reconhecer a fraqueza diante de certas circunstâncias da vida é se tornar sábio. Aquele que reconhece isso se torna uma pessoa forte, e que força, ser capaz de admitir isso não é fácil, não é para qualquer um, mas há os que conseguem, e espero que seja um desses.

Quando admitimos, parece que tiramos de sobre nós o peso de achar que somos capazes por nós mesmos, fica mais fácil enfrentar as dificuldades.

Não reconhecer o Medo e a Dúvida, é pensar pequeno, é se achar demais. Tudo passa,  principalmente quando percebemos que somos nós que criamos barreiras, construímos obstáculos.

Aprenda mais essa lição, super heróis não existem, a vida é dura, alguns momentos iremos ter que aprender a lidar com os mais diversos tipos de sentimento, porém depende muito de nós, temos a capacidade de superar e dar a volta por cima, e aprender a fazer do “limão uma limonada”.

Então, não perca tempo, solte suas amarras e se prepare, pois com medo e tudo, você tem grandes condições de se tornar um vencedor.

Como disse o filósofo Sêneca: “Não há vento favorável para aquele que não sabe aonde vai”.

Procure planejar suas metas, tenho certeza que irá se surpreender, ouse fazer e o poder lhe será dado. Permita que as decepções da vida o impulsionem a maiores realizações. Finalizando, A dor é inevitável e o sofrimento opcional, faz parte da vida, medo, dúvida e o mais fantástico é descobrir em nós a capacidade de dar a volta por cima.

Frase citada “A dor é inevitável o sofrimento é opcional” de: Carlos Drummond de Andrade – Poeta Brasileiro.

O autor de este artigo é Adalberto Nascimento Silva, Psicólogo Clínico, Membro dos Psicólogos no Brasil, Pesquisador sobre Resiliência e Processo de Superação.

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Síndrome de Tiques e POC trabalhado on line?

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A técnica de relaxamento muscular progressiva segundo Jacobson tem uma eficácia muito grande em quadros ansiosos e na falta de controlo comportamental.

A síndrome de tiques tal como a perturbação de Tourette e a perturbação Obsessivo-cumpulsiva é uma doença neuropsiquiátrica crónica, cíclica e caracterizada pela presença de tiques musculares e vocais, tendo um início geralmente na infância ou antes dos 18 anos, que causam limitações significativas ao funcionamento social ou ocupacional do paciente.

Quando falamos de tiques referimo-nos a movimentos involuntários do corpos por exemplo piscar de olhos, abalos de cabeça de um lado para o outro, fungar, revirar os olhos, movimentos de espalhar e contrair dedos, mãos e braço, movimentos na barriga, gritos , apitos, assobios ,etc… Ao nível da vocalização podem ser repetições do que ouve ou até palavrões sem se dar conta. Da mesma forma que os movimentos musculares, as vocalizações também são involuntários.

A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL é muito utilizado nos tratamentos de psicoterapia para perturbações que trabalhando os pensamentos e comportamentos poderemos ter uma mudança visível e uma melhoria na qualidade de vida da pessoa.

Quando fazemos uma avaliação psicológica, o próximo passo é devolver os resultados dessa avaliação ao paciente, confrontá-lo com características, dificuldades e potencialidades acerca da sua personalidade e do seu funcionamento cognitivo. O traçar de um plano terapêutico é o passo seguinte, deve ser um plano traçado através de um contrato terapêutico (paciente e terapeuta responsabilizam-se pelo investimento nesse tratamento).

O tratamento poderá seguir uma orientação cognitivo-comportamental Apresento de seguida as técnicas comportamentais

A Técnica Cognitivo-comportamental no tratamento da Perturbação obsessivo-compulsiva utiliza intervenções comportamentais como a exposição, a prevenção de respostas ou dos rituais, a modelação, técnicas de auto-monitorização, uso de registos, diários, escalas e técnicas cognitivas de correção de pensamentos e crenças disfuncionais.

Dentro destas técnicas realço a técnica de relaxamento, pois iremos ao encontro das principais queixas apresentadas no caso de tiques faciais ou vocais, movimentos involuntários musculares. Pois o objectivo é dominar estes movimentos.

A técnica de relaxamento muscular progressiva segundo Jacobson tem os seguintes objectivos: controlar a tensão muscular através da experiência conscientemente do estado de tensão e o estado de relaxamento muscular assim como a aplicação e alívio de pressão. Todos os grupos de músculos do corpo, da cabeça aos pés ( daí o progressivo), conscientemente, contraem e relaxam novamente, através da voz calma e melodiosa do terapeuta (daí o induzido). Aprender a respirar é outro objetivo, desta técnica, pois a respiração abdominal tem benefícios anti-stress pois ajuda a relaxar o músculo do diafragma e ter uma respiração mais suave. Combatendo a hiperventilação e controlando as emoções e os pensamentos negativos. Outro objectivo desta técnica é o controlo de imagens mentais, induzidos pelo terapeuta numa fase mais a posteriori.

O relaxamento muscular progressivo pode ser aplicado em qualquer situação, tanto à noite antes de adormecer, durante uma reunião, em situações de medo, situações de teste, no escritório, no comboio, no avião, durante uma breve pausa durante uma longa viagem, e em muitas outras situações. A auto-aprendizagem é possível com a ajuda de livros, cassetes, ou cd´s de relaxamento.

Na psicologia on line também é possível obter uma grande eficácia com esta técnica.

O autor de este artigo é Sónia Moura Sequeira, Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Clinica Médica, membro da equipe do site

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Psicologia pela internet: sobre as regras no Brasil

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O tratamento psicológico pela internet, não tem pleno reconhecimento do Conselho Federal de Psicologia no Brasil. No momento o CFP, órgão a que no Brasil cabe legalmente regular as atividades profissionais dos psicólogos em todo o território nacional, não está  seguro da validade científica dele. Por eu acreditar na ciência, julgo-me no dever de ajudar, de algum modo, a que se esclareçam os questionamentos sobre o assunto, e se aprimorem as bases científicas da utilização dos novos recursos tecnológicos em atividades de psicoterapia.

Há vários anos, a prática da psicologia clínica levou-me pela primeira vez a uma situação em que me deparei com o problema epistemologicamente limítrofe, e por isso institucionalmente controverso, a cujo exame voto a minha pesquisa de doutorado. Impunham-me as circunstâncias a necessidade de assumir uma posição a respeito, no caso de uma paciente minha. A decisão que tomei beneficiou-a, como eu conjeturara, e foi o início de uma série de experiências clínicas que me alargaram os horizontes de psicoterapeuta, oferecendo-me subsídios com que posso hoje tentar contribuir ao debate sobre as novas fronteiras do atendimento psicológico.

Em 2009 eu tratava a tal paciente, quando a agraciaram com uma bolsa para estudar em universidade do exterior, num curso presencial que ela, com razão, se rejubilou de haver conquistado, e que duraria por dois anos inteiros. Embora como psicóloga me aprouvesse testemunhar-lhe esse importante êxito, não se me afigurava recomendável, no entanto, cessar a psicoterapia por tão largo espaço de tempo ou, o que seria pior, encerrá-la de vez, porque ainda a paciente não superara as grandes dificuldades para as quais viera buscar a minha ajuda profissional.

Deste modo, propus-lhe que, tão logo ela conseguisse instalar-se no estrangeiro, nós déssemos continuação ao tratamento, servindo-nos do recurso da videoconferência, o qual, já então aprimorado pela internet de banda larga, nos possibilitaria realizar facilmente as sessões terapêuticas, mesmo estando cada uma de nós em um país diferente. Aceita a proposta, combinamos o dia, o horário, o valor e a forma de pagamento das consultas, e a terapia continuou, sem interrupção, pelos dois anos do curso. Ao regressar a paciente ao Brasil, em 2011, retomamos a terapia presencial.

O tratamento psicológico à distância não conta ainda com o pleno reconhecimento do Conselho Federal de Psicologia, órgão a que no Brasil cabe legalmente regular as atividades profissionais dos psicólogos em todo o território nacional. O Conselho, no primeiro artigo da sua Resolução Nº 12/2005, reconhece os “serviços psicológicos realizados por meios tecno-lógicos de comunicação à distância”, desde que sejam “pontuais” e “informativos”, e as orientações psicológicas não excedam a “20 encontros ou contatos virtuais, síncronos ou assíncronos”.  O mesmo artigo até aceita “O Atendimento Eventual de clientes em trânsito e/ou de clientes que momentaneamente se encontrem impossibilitados de comparecer ao atendimento presencial”, segundo foi, durante dois anos, o caso daquela minha paciente. Mas o Artigo 2º preceitua aos psicólogos interessados em ministrar com regularidade esse tipo de atendimento que cadastrem nos seus respectivos conselhos regionais a prestação de tais serviços, para o que também os manda informar, entre outras coisas, “o número máximo de sessões permitidas de acordo com esta resolução”.

No Brasil, muitos psicólogos e pacientes querem que se ponha fim a esse estreito limite máximo de vinte seções para o tratamento à distância, porque se persuadem de que, para a saúde mental das pessoas que não têm como se tratar sem socorrer-se deste, é imprescindível não o interrompa uma regra indiferente à necessidade humana impostergável de tais pessoas. Mesmo assim, a legislação brasileira continua proibindo que o atendimento mediado por computador se dilate por períodos mais longos, a não ser para fins de pesquisa.

Passei a trabalhar intensamente com a psicoterapia por videoconferência, e hoje trato numerosos brasileiros residentes no exterior, que ansiavam por quem os atendesse à distância, comunicando-se com eles em português. São pessoas que moram em países os mais diversos, passam por experiências e situações as mais diferentes, e trazem consigo as mais variadas questões íntimas, porém todos esses brasileiros emocionam-se por estarem vivendo a sua psicoterapia na língua do seu torrão natal. Sentem-se como acolhidos de volta à familiaridade da sua terra na língua que os une ao psicólogo, a espelharem na emoção desse reencontro com o português o verso de Fernando Pessoa: “A minha pátria é a língua portuguesa”.

Assim sendo, também procuro dividir com outros psicólogos a minha experiência profissional, a fim de estimular o debate científico. Por esta razão inscrevi-me na 2ª Mostra de Práticas em Psicologia, evento ocorrido em 2012, na cidade de São Paulo, e tanto me surpreendeu quanto me agradou saber que o Conselho Federal de Psicologia, realizador da mostra, aceitara a minha participação, nada obstante as potenciais controvérsias acerca do trabalho que eu ia expor.

Estando, pois, aberta ao atendimento psicoterápico por videoconferência, e segura da validade científica dele, julgo-me no dever de ajudar, de algum modo, a que se esclareçam os questionamentos sobre o assunto, e se aprimorem as bases científicas da utilização dos novos recursos tecnológicos em atividades de psicoterapia.

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O autor de este artigo é  Izaura Vale, Psicóloga Perita, Doutorando em Psicologia, membro da equipe do site Therapion.com 

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Problemas alimentares e auto estima

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Está provado que os problemas alimentares, desde as dificuldades em manter o peso equilibrado até aos distúrbios alimentares estão relacionados com uma baixa auto estima, falta de auto confiança e um sentimento de desamparo.

As perturbações alimentares como a anorexia nervoso, a bulimia ou a obesidade por vezes nascem de relacionamentos problemáticos na família durante a infância, ou mais tarde, aliado ao stress e à angustia que o/a adolescente sofre devido aos padrões “utópicos” impostos pela industria da moda. Muitas vezes ao gerar uma obsessão na procurar do perfeccionismo (metas inatingíveis) gera auto-estima baixa.

Nas crianças de 1ª e 2ª infância, estes problemas alimentares (Recusa alimentar ou obesidade infantil) estão a tornar-se uma constante. Mas sabemos, nós cuidadores, educadores, pais e psicólogos trabalhar para a manutenção de uma auto estima saudável?

Eis aqui alguns elementos que explicam a formação da auto estima:

Na primeira infância o bebe deve percepcionar que é tratado com amor, transmitindo-lhe segurança, as normas e regras comportamentais devem ser transmitidas com firmeza e não com violência; deve-se ensinar a respeitar os outros, reforçando positivamente quando o faz; transmitir à criança que pode sonhar; que lucrará sempre alguma coisa quando se propõe a fazer algo; a criança deve ser chamada à atenção com amor, ao cuidar das doenças ou feridas transmitir sempre uma imagem de normalidade; ajudar a criança a ser independente, dando-lhe autonomia de forma gradual é também um processo importante de transmissão de responsabilidade.

À parte destes elementos, há dois cruciais que ajudar a qualquer ser humano a elevar a auto estima: o sentido de pertença e o sentimento que somos amados.

Todos gostamos e necessitamos de pertencer a uma família, uma comunidade na qual sentimos que nos querem bem e nos respeitam.

Sentir que a criança é amada pela família, cuidando dela, percepcionada pelo seu porto de abrigo com base sólida, e não se desmorona, pelo menos para ela. Por vezes quando não é assim a criança procura o grupo de pares (amigos/as) com quem pode compartilhar os momentos agradáveis. Nestes momentos ao sentir-se bem eleva a auto-estima, pois aumenta o seu auto valor. Caso contrário poderá gerar desequilíbrio emocional e não conseguir organizar-se. Nestes casos a procura de um profissional de saúde da psique é fundamental.

O autor de este artigo é Sónia Moura Sequeira, Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta membro da equipe do site THERAPION.COM

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Dificuldade do relacionamento humano

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Relacionar-se é um processo complexo pela fragilidade humana. Para aquele que se submete à experiência contínua do autoconhecimento já não é fácil; dificuldade aumenta para aqueles que não se conhecem e nem querem.

Relacionar-se é um conjunto de atos não programados, advindos da percepção do outro em cada momento e dos sentimentos tanto alheios como próprios. A dificuldade se amplifica pelas expectativas. Criar expectativa é humano, esperar que o outro tenha uma conduta em relação ao que se quer ou ao que se pensa é natural. – A complicação se forma quando a expectativa se torna em exigência, de maneira consciente ou não. É a situação de se esperar que o outro tenha uma reação e quando tal não ocorre, ressentir-se de tal modo que aconteça restrições com o outro, o culpando ou o penalizando; além disso, a frustração pode gerar impossibilidade de se crer em qualquer um e gasto emocional intenso que incapacite de se realizar as tarefas rotineiras de modo adequado e eficaz.

O embate sem escapatória, que todo ser humano irá enfrentar, por sua fragilidade, é a percepção que a expectativa com relação ao outro necessariamente não irá se efetuar; nem a expectativa com a sua própria existência poderá se concretizar por fatores externos à sua vontade. A conduta humana é imprevisível, soma de emoções, vivências diferenciadas, habilidades, inabilidades, aprendizados sociais variados; não há como prever em detalhes. Para a desestrutura não ser incapacitante, perceber que o outro é um ser diferente, com expectativas e desejos variados, que por vezes se assemelham ao do observador, mas nunca idênticos, auxilia. Ajuda também estar-se ciente de suas próprias capacidades, para se fortalecer e se ter energia suficiente para suportar a frustação.

Para que serve se relacionar, então, já que se caracteriza por desgaste e a meta existencial é a felicidade, o bem estar? Poderia, muito bem, cada um, em isolamento, se aprimorar, num exercício árduo de superação. Impossível. O ser humano se constrói pela influência do outro; se percebe pela reação do outro. Há quem até duvide se a individualidade existe de fato, por acreditar que o homem é um ser eminentemente social. Divergências teóricas à parte, constata-se que não há como viver sozinho, somente em ocasiões muito especiais, como a do ermitão, dentre algumas. E frise-se: até nesses casos, houve um período de relacionamento, o isolamento vindo posteriormente.

Relacionar-se é enriquecer-se de experiências, se se está preparado para compreender as dificuldades advindas do relacionamento. É crescer emocional, existencial e espiritualmente, por aceitar as diferenças e s fragilidades observadas tanto do outro quanto a de si mesmo. É poder ser acolhido quando for apropriado por aqueles que estiverem habilitados e desejosos para tal, nos momentos difíceis; é poder acolher, quando puder e quiser. É compartilhar.

O autor de este artigo é Cláudia de Faria, Psicóloga Clínica do Brasil, membro da equipe do site  THERAPION.COM

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